
TEXTO ELABORADO POR: Profª. Albenize Soares
Olá, pessoal! No artigo anterior nós falamos que o destaque das produções literárias na primeira fase modernista acontecia na poesia, mas agora, na segunda fase, o momento é da prosa literária e da consolidação dos ideais do primeiro momento. Contudo, o contexto social estava envolvido em um momento difícil para aqueles que acreditavam em uma democracia livre, especialmente das expressões artísticas e/ou culturais.
Um pouco de História e Literatura...
A segunda geração do Modernismo (1930-1940) ocorreu durante a chamada Era Vargas, ou seja, período em que o então presidente Getúlio Vargas articulou a Aliança Liberal, que foi de encontro ao Movimento Tenentista, o qual defendia o combate à dominação política e à democracia. Esses confrontos culminaram na revolução de 1930 e no declínio das atividades cafeeiras, o famoso Golpe do Estado.
Além disso, outras crises de dimensão mundial (Crise da Bolsa de Nova York - 1929, Ascensão do Nazismo e do Fascismo e a Segunda Guerra Mundial - 1930-45) demandavam dos artistas e intelectuais uma posição ideológica decidida, ou seja, uma arte engajada. A qual, no Brasil, teve seu início através da Semana de 22 e das Vanguardas.
Caminhos da prosa brasileira
Os romancistas, embora não pretendessem seguir “à risca” o experimentalismo dos artistas da primeira fase, consideraram importantes as conquistas dos ousados artistas e escritores de antes. Entretanto, a prosa/romances desse momento deveriam ser mais sérios, mais maduros no sentido de ir além “do choque, do rompimento” com a tradição. Era hora de se impor. Assim, surgiram a literatura regional que pode ser subdivida em ciclos: da seca, do cacau e da cana de açúcar.
Alguns nomes de destaque
Graciliano Ramos - este, equilibrou aspectos sociológicos e psicológicos em seus romances. Além disso, conseguiu retratar a realidade do sertanejo nordestino e da seca que assolava a região, tanto na figura de fazendeiro autoritário quanto do caboclo comum. Suas personagens refletem uma condição coletiva e universal. Ele é autor de São Bernardo (1934), Angústia (1936), Vidas Secas (1938) e Memórias de um Cárcere (1953) em que ele relata sua experiência como prisioneiro político durante o governo de Getúlio Vargas.
José Lins do Rego - dedicou-se a retratar a decadência dos engenhos no início do século XX. Vindo de uma família de senhores de engenho, desde pequeno mostrou sua habilidade com a linguagem fluida, solta, livre e popular. Ele transmitiu para a literatura o imaginário do povo nordestino, que antes era comum em narrativas orais ou literatura de cordel. Meninos de Engenho, Doidinho e Usina é uma trilogia de romances que conta a história do personagem Carlos de Melo e a decadência do engenho.
Jorge Amado - tendo o cenário da Bahia como espaço social, em Capitães da Areia, o escritor faz denúncia sobre o abandono das crianças em situação de rua em Salvador. Terras do Sem-fim e São Jorge do Ilhéus demonstram as lutas existentes entre coronéis do cacau e exportadores. Por fim, Gabriela, cravo e canela, Dona flor e Seus dois Maridos e Tieta do Agreste revelam um lado romântico e sensual de sua escrita.
Érico Veríssimo - apesar de ter estreado em 1932 com a obra Fantoches, é pelo romance O tempo e o Vento, que aborda a formação do Rio Grande do Sul, que Veríssimo vem a expressar pleno amadurecimento quanto aos processos técnicos e expressivos e concretiza como legítimo retratista do seu povo.
Principais características da Segunda Fase Modernista:
- Influências Realistas e Românticas;
- Nacionalismo, Universalismo e Regionalismo;
- Influências da psicanálise;
- Além da manutenção das características poéticas da primeira fase.
Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado, bons estudos!
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REFERÊNCIAS
LEME. Odilon Soares. Linguagem Literatura Redação. São Paulo: Editora Ática, 2003.
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